terça-feira, 5 de agosto de 2008

Saudades...

Bem... acho que já era tempo de escrever qualquer coisa.
Hoje procurei fazer uma visita a alguns blogs amigos onde tenho crescido e onde procuro receber um ar fresquinho que me dê outro alento à vida mas... nada do que lia parecia querer entrar. Então apercebi-me que o Pai hoje queria que eu fizesse algo diferente... QUERIA QUE FOSSE EU A PARTILHAR.
Sinceramente não tenho nada a dizer... sinto-me como se tivesse parado no tempo, de tudo aquilo que poderia partilhar, nada iria acrescentar ao que já disse anteriormente.
Sabem... quando me preparei para entrar no mercado de trabalho, tinha um grande receio de "perder" tudo aquilo que muito gostava de fazer. Tinha plena consciência de que o tempo disponível era outro, as prioridades iriam alterar-se um bocado, as responsabilidades seriam outras... bem, apesar de ter consciência disto tudo, nunca quis deixar nada para trás, nunca as quis "perder".
Mas como seria de esperar, quando se gosta daquilo que se faz, e se tem um trabalho tão específico como o meu (sem zona fixa de trabalho, sem horário, etc... e por muito que se diga que cada um faz o seu horário, isso nem sempre é fácil... o tempo não estica, o trabalho não se faz sozinho e, o mais importante, o corpo não é de ferro), pouco a pouco fui deixando de ter oportunidade de fazer certas coisas.
Não tenho pena das opções que tenho tomado... sinto é umas enormes saudades de algumas experiências vividas no passado. Bem, e nesta altura em que muita gente tem oportunidade para descansar, e em que me vejo a entrar noutra aventura mais longe de casa, da família, da namorada, só me vem uma palavra à cabeça... CANSAÇO... estou mesmo farto e cansado, e acho que foi por isso que o Pai me convidou hoje a parar um bocado. Sem obrigações de ter algo para meditar, para reflectir... apenas pausa... silêncio. É quase como que um fechar os olhos e deixar-me levar pelos caminhos que Ele quiser.
Bem... pode parecer algo contraditório mas... quando me sinto assim, apetece-me caminhar. Partir sem rumo definido, deixar-me levar pelo vento que me toca na cara, apreciar a beleza que Ele me trás. É quase como que um PARAR andando.
Acho que é isso que vou fazer... até já.