Todos os dias têm com um início e um fim... Esta imagem não foi o fim, mas antes o térmito de uma fase de um dia muito bem passado.
Recordo-me bem desse dia... foi importante o dia para que a definição da noite surgisse.
Sabem, acho que não estão a perceber nada do que escrevo, de qualquer modo partilho esta vivência... há momentos em que é indispensável parar, quem sabe morrer um pouco para voltar a renascer, viver um parto novo, uma vida nova... não digo que se comece do zero, é antes um arranjar espaço em nós para que uma nova vida surja. Resumindo, é um olhar para a nossa história e continuar a escrevê-la hoje de outro jeito.
Bem... em todas as vidas há a Primavera... e esta não é mais do que o renascer do frio do Inverno. As árvores ganham folhas, os campos enchem-se de cores e cheiros, os pássaros cantam com outra vida, ..., e tudo aquilo que nos embeleza a vista, preenche as narinas e enriquece os ouvidos.
Mas seria possível existir a Primavera sem passar pelo Inverno?
Claro que sim, mas o Pai ofereceu-nos esta dádiva para que pudessemos perceber e viver também este renascimento, esta libertação.
Sabem... é o Inverno que torna ainda mais bela a Primavera. É também quem a alimenta, é dele que ela renasce... é um ciclo fantástico que se repete vezes e vezes sem conta... simplesmente porque é um meio para atingir um fim ainda melhor.
Conseguem imaginar como seria se comprassem uma casa e durante toda a vida apenas a limpassem no início?
Com a Primavera também é um pouco assim... esta precisa do Inverno para se tornar ainda mais bela... e foi assim o meu fim de dia... morrer um pouco para que o início do dia seguinte fosse melhor e também me permitisse renascer e tornar-me uma pessoa um pouco melhor.
Olha Pai, que eu saiba sempre viver cada Primavera, Verão, Outono e Inverno... que todos estes tempos me abram portas e janelas para que o meu coração seja cada vez mais limpo e belo. Que nele reine a paz, a serenidade, a simplicidade, ..., o AMOR.
Obrigado por esta QUARESMA.